segunda-feira, 10 de agosto de 2015

19º DOMINGO Tempo (08 e 09/Agosto)

Cor: Verde
1ª Leitura - 1Rs 19,4-8
Salmo - Sl 33,2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
2ª Leitura - Ef 4,30-5,2
Evangelho - Jo 6,41-51
Reflexão
Será que um pássaro cansa de voar ou um peixe de nadar? Parece que não, mas nós como seres humanos cansamos. Porque cansamos? Pode ser o cansaço físico. Quando fazemos exercício ou muita força física, naturalmente cansamos. Mas, existe outros tipos de cansaço. Uma tarefa difícil de realizar pode facilmente nos cansar, pois muitas vezes não conseguimos superar as dificuldades enfrentadas. As críticas ou falta de compreensão dos outros também nos cansam porque sentimos o peso da rejeição. Emocionalmente, podemos ficar cansados quando todos os dias precisamos enfrentar situações que parecem sem solução: um filho viciado em drogas, um casal que não supera a divisão, uma intriga entre pessoas... O cansaço faz parte da vida todos os dias.

O profeta Elias cansou na missão. Por causa da sua missão profética e da sua fidelidade ao projeto de Deus, Elias fugia da perseguição da rainha Jezebel e, depois de longos dias e noites no caminho, ele cansou. Estava exausto pelo calor do sol, pela fome e sede e a solidão do deserto. Não dava mais para aguentar: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida”. Mas, de repente, veio uma força que ele não esperava. Pão e água para recuperar e para continuar a caminhada. Deus não abandona o profeta em sua missão, nem elimina os inimigos, apenas lhe dá a força para vencer o cansaço e continuar a caminhada.
Jesus podia ter cansado de tanta murmuração. Ao escutar Jesus, começaram a reclamar: “Não é este Jesus o filho de José? Como então pode dizer que desceu do céu? ” Esta murmuração ainda lembra da murmuração do povo no deserto contra Moises. Reclamava que saiu da escravidão no Egito simplesmente para morrer de fome no deserto. E quando Jesus diz: “O pão que eu darei é minha carne dada para a vida do mundo”, significa assimilar a pessoa de Jesus e seu projeto na sua totalidade, ter gestos de doação e solidariedade em favor dos irmãos. Comungar é acolher Jesus em nossa vida e viver em profunda comunhão com Deus. Então, Deus não se cansou de chamar para a vida o ser humano, pelo contrário, nos oferece em Jesus “o pão da vida” e “quem dele comer nunca vai morrer”.
A liturgia nos ensina hoje que Deus não cansa de nos oferece este pão que fortalece a caminhada e anima a vivência da fé e o compromisso com a missão. Ao mesmo tempo, quando nós cansamos e enfrentamos as dificuldades, a falta de compreensão e a própria perseguição, podemos ter a certeza de recuperar as nossas forças pelo “pão vivo descido do céu”.
Esta mensagem também é importante para o dia de hoje, o dia dos pais. Certamente, qualquer pai pode cansar pelo peso da responsabilidade de criar os filhos, pelas dificuldades de ensinar e dar o exemplo de amor, pela necessidade de estar presente na vida do filho especialmente no diálogo e na compreensão e de corrigir na hora do erro e da fraqueza. Mas é nesta hora de cansaço e dificuldade que o evangelho nos dá a resposta. A energia necessária é dada no pão vivo descido do céu, que é CRISTO, presente no meio de nós na EUCARISTIA e na sua PALAVRA. E justamente as palavras Pai e Pão estão ligadas na oração que Jesus nos ensinou. É Deus nosso Pai que nos dará o pão da vida para vencer o cansaço e não desanimar na caminhada.
Por isso, todos nós, pais e mães e filhos, vamos dizer juntos: “Levanta-te e come (bis). Ainda tens um caminho longo a percorrer (bis) ”. O pão que Deus nos dá para comer é Jesus e o caminho a percorrer é a construção do projeto de amor e justiça para todos. Feliz dia dos Pais!
Frei Gregório Joeright, ofm

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