HISTÓRICO

HISTÓRICO DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO

Em 1850, grassava em Belém a febre amarela que ceifou centenas de vidas. Como Santarém estava constantemente em comunicação com a capital da Província, através de embarcações, temia-se que o mal chegasse à cidade através de passageiros já contaminados pela doença. a Câmara Municipal decidiu, então, interceptar todas as embarcações vindas da capital colocando, portanto, uma embarcação armada às proximidades da Boca do Maicá. De lá, todos os passageiros que fossem desembarcar em Santarém eram levados para a ponta do Mapiri, onde deveriam permanecer de quarentena; e somente depois desse período de observação é que poderiam entrar na cidade. O cientista Heny Bates, que na época se encontrava em Santarém, refere-se que à noite nos cruzamentos das ruas eram disparados tiros de canhão para purificar o ar.

Os moradores da cidade apavorados com a febre amarela, começaram a organizar romarias e preces em louvor a São Sebastião, o santo advogado contra peste. Veio, então, no momento da aflição, a promessa: o povo iria construir às suas custas, uma igreja em honra do Santo Mártir, contanto que a cidade ficasse livre da peste. Mas, passado algum tempo, conjurado o perigo da doença, o povo foi esfriando nos seus propósitos e a construção da igreja ficou para mais tarde.

Cinco anos depois, em 1855, irrompeu novo mal, a Cólera Mórbus, dessa vez não poupando Santarém, e todo o interior do Município, fazendo grande número de vítimas.
Novamente o povo lembrou-se de São Sebastião, organizando romaria e orações públicas, agora com o firme propósito de cumprir o que haviam prometido. Mas, passado o aperto, os promesseiros foram deixando para depois o pagamento da promessa.

Somente vinte e dois anos mais tarde, em 1872, foi constituída uma comissão que se encarregou de angariar fundos e dar início às obras.

Foi assim que a 31 de março de 1872, realizou-se a cerimônia do orçamento da pedra fundamental do novo templo, solenidade que foi presidida pelo Arcedíago Dr. José Gregório Coelho (Monsenhor José Gregório), sacerdote muito bem quisto em Santarém. Foram organizados festivais, leilões, quermesses e romarias para o transporte de materiais, para que se cumprisse o que haviam prometido: construir a igreja só com recursos oriundos do povo, sem a ajuda do governo.

No dia 20 de janeiro de 1878, dia de São Sebastião, foi colocada no alto da torre a cruz de ferro, seguida da celebração da Santa Missa pelo Monsehor José Gregório. A partir daí, embora ainda não terminada a construção, a Capela de São Sebastião passou a funcionar normalmente. Somente em 1893 a construção foi dada por concluída.

Mas, nem bem havia completado setenta anos, a bonita igrejinha foi demolida para em seu lugar ser edificada outra, mais ampla e mais moderna.

Como lembrança da antiga capelinha, restaram apenas os sinos que foram colocados no campanário da nova igreja; a imagem do Santo Padroeiro; e a placa de mármore com o nome daqueles que levaram a cabo a construção da primeira igreja de São Sebastião.
A referida placa contém estes dizeres:
IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO
COMISSÃO ENCARREGADA DA CONSTRUÇÃO DAS OBRAS
1. Inácio J. dos Santos
2. Miguel J. da Paixão Filho
3. Accindino G. Gentil
4. Thomas B. Mota
5. Francisco A. dos Santos
6. Antonio P. A. Cardozo
SANTARÉM

1896



HISTÓRICO DA PARÓQUIA SANTÍSSIMO

COMUNIDADE DO SANTÍSSIMO, 50 ANOS DE HISTÓRIA, FÉ E MISSÃO

                As Comunidades tem sempre uma história muito bonita para ser contada. Na nossa Comunidade do Santíssimo tudo começa por volta de 1933 com o culto ao Jesus Sacramentado. Sob a liderança de Marcos Antonio dos Santos e Manuel Firmino Motta, e apoio de Frei Ambrósio, várias famílias decidiram realizar anualmente a Festa em homenagem ao Santíssimo Sacramento. Numa construção rústica, feita de grossas varas e coberta de palha, que se chamou de “Latada”, foram realizadas as primeiras manifestações de fé e oração ao Santíssimo Sacramento.
        A partir de 1958, por iniciativa de. Frei Othmar Rollaman, franciscano, vigário da Catedral de N. Sra. da Conceição, foi procurado uma nova área onde pudesse juntar a Capelinha da “Latada” com a de São Francisco, localizada no cruzamento da  Turiano Meira com Borges Leal. Não foi fácil! Houve muitas resistências à mudança, principalmente pelos moradores da “Latada”. Com muito esforço e participação de moradores, a construção da nova Capela ao Santíssimo foi se realizando. Foi construído um barracão, simples que servia de espaço às Celebrações, Escola e reunião de catecismo às crianças.
        Em 1962, a comunidade crescia e sentiu-se a necessidade de um espaço maior para o culto ao Santíssimo. Com apoio de Frei Osmundo Menges e o trabalho de muitos comunitários, iniciou a construção da nova Igreja.
        Nesse tempo tem inicio a organização dos primeiros grupos de vizinhos, que se encontravam para refletir sobre a Palavra de Deus e a realidade da vida. Nos finais de semana alguns grupos ajudavam a construir as casas conforme as necessidades do povo, assim como o barracão para atender as crianças em escolaridade, fazendo assim a ligação da fé com a vida. Muitas vezes as celebrações eram realizadas em residências.  Neste tempo, os grupos de vizinhos chegaram a somar até 50, o que mostra a força da organização da comunidade. Anos se passaram e não podemos esquecer que nesse período muitos contribuíram para nossa organização e evangelização: Padres Seculares Daniel, Carlos, Jaime e Cornélio. Frei Miguel Kellett, Frei Miguel Grawe, Frei Roberto Mizicko, Frei Gregório Kemner, Frei Antonio Glauber, Frei Mauro Hawickhorst, além dos irmãos de Santa Cruz e Irmãs de Santa Clara e muitos leigos e leigas.
        1996, um novo tempo se inicia. Chegou Frei Pedro Amém OFM, com seu jeito todo especial, um novo modelo de organização foi implantada: a Comunidade foi dividida geograficamente em 10 distritos. As catequeses que antes eram realizadas em escolas e outros espaços, passaram a funcionar nas residências das famílias; os grupos de vizinhos ou de oração passaram a experimentar o novo jeito de ser Igreja. Surgiram as CEBs e fortificaram-se os Movimentos: RCC, MCC, Legião de Maria, Apostolado da Oração. As pastorais tomaram mais força: Pastoral Familiar, Pastoral da Criança, as Equipes de Serviços: Batismo, Eucaristia, Crisma, Ministros da Eucaristia e Coroinhas. Paralelo a isso uma outra construção tomou força, um novo templo para o Santíssimo Sacramento. Em 03 de junho de 1999 D. Lino Vombommel fez a bênção da pedra fundamental do novo templo e em 18 de junho de 2003 aconteceu à bênção da nova Igreja do Santíssimo. Em 04 de Janeiro de 2004 Dom Lino Vombommel Preside a Celebração Eucarística em que a comunidade do Santíssimo foi elevada a Paróquia. Em 28 de abril de 2006 a comunidade foi tomada por uma brusca e triste noticia, o falecimento do Frei Pedro Amém OFM. Com sua morte tivemos um período de transição com Frei Alex Assunção da Silva OFM como Administrador Paroquial, em novembro de 2006 Frei Gregório Joeright OFM vindo da Paróquia de Santo Antonio de Lisboa, em Belém, em Celebração Eucarística Presidida por Dom Severino de França Bispo Auxiliar, assumiu a grande tarefa de conduzir o Povo de Deus desta comunidade.


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