sábado, 27 de fevereiro de 2016

3º DOMINGO DA QUARESMA - 28 de fevereiro



3º DOMINGO DA QUARESMA

"Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do
 mesmo jeito"




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica -2016

Como homem de fé o Papa Francisco nos alertou: “Nós não somos Deus, o planeta nasceu antes de nós e nos foi confiado” (Gen 2, 15). Cuidemos dele com cuidado, carinho, ternura e gentileza!
                O que Deus quer de nós é que sejamos como jardineiros que cuidam da natureza com carinho e dedicação. E, também, o cuidado uns dos outros, como quem cuida de plantas que amam, especialmente dos empobrecidos.
                A água, assim como as árvores, são símbolos de vida no planeta. No encontro com a samaritana Jesus se anuncia como fonte de água viva, como símbolo da vida (Jo 4,14).
                O lema desta Campanha da Fraternidade Ecumênica é uma comparação que o profeta Amós faz com a prática de justiça como fonte que jorra água limpa e com um rio que não seca jamais. Nos tempos atuais o ser humano parece ter  se esquecido desses ensinamentos. Agora é o tempo propício para resgatá-los.
                Nossa fidelidade a Deus deve se manifestar na preservação de tudo o que é necessário para que possamos viver com dignidade e justiça em um ambiente bem cuidado. Cuidar do ambiente pessoal – sua casa, seu quarto, sua rua - se torna mais um gesto concreto para a Quaresma.
                Cuidar da Casa Comum que Deus nos deu e fazer dela um lugar saudável se torna mais um  gesto concreto para a Quaresma. Um sinal desse compromisso é fazer um esforço de evitar o consumismo e o desperdício de água e de alimentos.
                Paz e Alegria.


Contribuição de nosso leitor:  
jbsvasconcelos

ENCONTRÃO DO DÍZIMO REGIÃO 1 DE PASTORAL

Na manhã deste domingo (21/02) no seminário São Pio X, aconteceu um grande encontro da Pastoral do Dízimo de todas as comunidades que compõem a região 1 de Pastoral. Mais de 100 missionários atenderam ao convite e marcaram presença nesta bonita festa do povo de Deus. A Área São Sebastião-Santíssimo esteve presente, com um grande número de missionários. Na primeira parte de nosso encontro, Carlos Jaime conduziu uma reflexão sobre o que é a pastoral do dízimo. Depois Padre Alaelson conduziu uma reflexão sobre a importância da misionariedade da equipe do dízimo, a importância de sermos visitadores e cuidadores de nossos dizimistas. Louvamos a Deus por todos os nossos dizimistas e por todos os missionários da Pastoral do Dízimo que se dedicam nesse serviço de partilha com a comunidade.







sábado, 20 de fevereiro de 2016

2º DOMINGO DA QUARESMA
Cor litúrgica: ROXO
Liturgia da Palavra
1ª Leitura- Gn 15, 5 - 12.17-18 
Salmo- 26 (27)
2ª Leitura- Fl 3, 17-4,1
Evangelho- Lc 9, 28b-36
☆REFLEXÃO

O que é um mistério? Algo que é escondido ou que não compreendemos. Por exemplo, perdemos a chave de casa e não está mais no lugar onde costumamos deixar. Ficamos logo pensando onde está a chave. Será que caiu do bolso na rua, deixamos na loja onde fizemos compras, guardamos em outro lugar, alguém pegou e levou? É um mistério e o mistério pode causa medo pois logo começamos a imaginar o que pode acontecer. Não vamos poder entrar em casa, um ladrão pode ter pego e vai entrar em casa. Mas, de repente lembramos de olhar na gaveta da cozinha e achamos a chave. Assim, o mistério foi revelado, compreendido e ficamos tranquilos. Ao mesmo tempo, o mistério pode ser tão grande que falta compreensão. Por exemplo, apesar de toda a ciência da nossa época, não compreendemos os mistérios da vida, do universo e da criação. Diante de tal mistério, calamos, só podemos contemplar.
Ao longo da história, Jesus sempre foi um mistério. Desde as primeiras comunidades cristãs havia a pergunta: Quem é Jesus? O que significa a sua morte de cruz? Como entender a dura realidade de morte e morte de cruz? Pergunta que tem resposta: Jesus é o Filho de Deus que ressuscitou. Mesmo assim, para as primeiras comunidades, sempre foi necessário fazer a pergunta quem é Jesus e procurar a resposta pois era necessário descobrir o mistério de Jesus e o que isto significa para a vida do discípulo. Ao mesmo tempo, ainda hoje é uma pergunta que precisa de resposta, pois em nossas comunidades, o mistério de Jesus continua se revelando.
O evangelho da transfiguração foi justamente a resposta de que Jesus veio como homem, mas apontava para uma outra realidade. No evangelho, Jesus levou os discípulos a uma alta montanha, que representa o lugar onde Deus se manifesta. Lá sua aparência mudou por completa, seu rosto ficou brilhante e suas roupas brancas, é a manifestação da futura glória de Jesus.
Os discípulos querem ficar contemplando esta glória, parados, mas é preciso escutar a voz do Pai: “Escutem o que ele diz”. Não pode ficar só contemplando a glória de Jesus, é preciso descer da montanha para a realidade do dia-a-dia, pois é esta realidade que precisa ser transfigurado.
O mistério da transfiguração de Jesus continua sendo o mistério para a vida do cristão, pois diante de tamanho mistério, só podemos ficar calados, é preciso contemplá-lo para descobrir o que significa seguir Jesus e, na escuta de sua palavra, compreendemos que a transfiguração significa a transformação do mundo.
É o que celebramos na Eucaristia: mistério de Jesus. Subimos a Montanha para contemplar o rosto de Jesus e escutar essa Voz. Depois descemos reanimados para prosseguir a nossa caminhada. A nossa fé na transfiguração nos deve levar a transfigurar todo o nosso ser e transformar o mundo que nos rodeia.  É importante isto, porque muitas vezes queremos uma Missa animada, som nas alturas, muita louvação que pode nos emocionar. Mas, em tudo isso, podemos esquecer o essencial, o mistério pois não nos calamos para contemplá-lo, perdemos então esta oportunidade. 
Então o evangelho nos coloca diante de uma grande pergunta: Quem é Jesus? 
- Com certeza nossos anseios, nossa realidade são os desafios que enfrentamos, mas ao mesmo tempo, nos ajudam a descobrir o rosto de Jesus, filho amado do Pai que precisamos escutar a sua voz.
- Quem contempla o mistério de Jesus também compreende a missão do cristão, transfirguar, transformar o mundo para que também possamos continuar no meio deste mundo testemunhando o mistério de Jesus e manifestando seu rosto transfigurado, sinal da vitória sobre as trevas. 
- Para viver em comunidade, é preciso passar pela cruz. O mistério de Jesus é que justamente pelo sacrifício e doação que podemos transformar a nossa vida e a vida da comunidade em justiça, amor e fraternidade. Que o mistério que celebramos não seja só da boca para fora, mas sinal do nosso compromisso em transformar a nossa própria vida, a vida da comunidade e do mundo em que vivemos.
Frei Gregório Joeright, ofm

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica -2016

 
Como homem de fé o Papa Francisco nos alertou: “Nós não somos Deus, o planeta nasceu antes de nós e nos foi confiado” (Gen 2, 15). Cuidemos dele com cuidado, carinho, ternura e gentileza.
O que Deus quer de nós é que sejamos como jardineiros que cuidam da natureza com carinho e dedicação. E, também, o cuidado uns dos outros, como quem cuida de plantas que amam, especialmente dos empobrecidos.
A água, assim como as árvores, são símbolos de vida no planeta. No encontro com a samaritana Jesus se anuncia como fonte de água viva, como símbolo da vida (Jo 4,14).
 O lema desta Campanha da Fraternidade Ecumênica é uma comparação que o profeta Amós faz com a prática de justiça como fonte que jorra água limpa e com um rio que não seca jamais. Nos tempos atuais o ser humano parece ter  se esquecido desses ensinamentos. Agora é o tempo propício para resgatá-los. 
Nossa fidelidade a Deus deve se manifestar na preservação de tudo o que é necessário para que possamos viver com dignidade e justiça em um ambiente bem cuidado. Cuidar do ambiente pessoal – sua casa, seu quarto, sua rua - se torna mais um gesto concreto para a Quaresma.
Cuidar da Casa Comum que Deus nos deu e fazer dela um lugar saudável se torna mais um  gesto concreto para a Quaresma. Um sinal desse compromisso é fazer um esforço de evitar o consumismo e o desperdício de água e de alimentos.
Paz e Alegria.
Contribuição de nosso leitor:  
jbsvasconcelos

PREPARAÇÃO PARA VISITAS DA CATEQUESE


Neste último sábado (13/02) na Paróquia de São Sebastião, aconteceu um encontro de formação para os visitadores que irão as casas de nossos comunitários para anunciar e convidar para o início do processo de catequese em nossa área. 
A partir de hoje e até o dia 8 de março acontecerão as visitas nas casas de nossos paroquianos,o objetivo é visitar as famílias para conhecê-las, informar sobre o processo da Iniciação à Vida Cristã e convidar os pais de crianças e jovens para participar do encontro de esclarecimentos e entrega da ficha de inscrição. 
Acolha em sua casa os nossos missionários! 



Cronograma de atividades da Catequese 2016: 
15 de fevereiro à 8 de março - visita nas casas para divulgação da catequese. 
09 de março - (Santíssimo) encontro com os pais nas ceb´s para a entrega das fichas. 
10 de março - (São Sebastião) encontro com os pais no centro paroquial para entrega das fichas. 
13 de março - Festa das inscrições onde os pais irão trazer as fichas já preenchidas para a celebração. Em são Sebastião será na missa das 8h e no Santíssimo na missa das 17h30. 
27 de março - Celebração de acolhida das crianças e jovens na catequese. Em São Sebastião na missa das 8h e no Santíssimo na missa das 17h30. 
02 de abril - Início da Catequese.








sábado, 13 de fevereiro de 2016

1º Domingo Quaresma

1º DOMINGO DA QUARESMA - ANO C
Cor: Roxo
1ª Leitura - Dt 26,4-10
Salmo - Sl 90,1-2.10-11.12-13.14-15 (R. cf.15b)
2ª Leitura - Rm 10,8-13
Evangelho - Lc 4,1-13
Reflexão 
Em nossa vida sempre existe adversários. Adversários são aqueles que tem interesses diferentes de nossos. São adversários justamente porque tem projetos contrários e se enfrentam com objetivo oposto, pois cada uma quer defender e garantir a realização do seu próprio projeto. Podemos citar exemplos de adversários: 
No esporte, os dois times no campo são adversários e os interesses são exatamente contrários, pois cada time quer ganhar o jogo, mas somente um vai conseguir.
No trabalho, existem adversários pois tem pessoas que querem derrubar os outros para ganhar alguma vantagem e justamente alcançar seu próprio projeto e objetivos.
Até na família pode ter adversários, marido e mulher que devem ser companheiros podem se tornar adversários no pensamento e na ação, colocando o interesse pessoal acima do amor.
Jesus também enfrentou um grande adversário. Depois de ser batizado, foi ao deserto onde foi tentado por Satanás. A palavra Satanás significa adversário. No evangelho de hoje, no confronto entre Jesus e Satanás, há também o confronto de dois projetos. O projeto de Jesus é bem claro: “O Reino de Deus está próximo, convertei-vos e crede no evangelho”
O adversário de Jesus tinha outro plano, a destruição, manifestada nas três tentações, que são um resumo de tudo o que poderia desviá-lo de sua missão. São também um retrato das tentações que devemos vencer para não nos desviar do projeto de Deus. Jesus recusa o caminho do materialismo, do poder e do prestígio.


A primeira tentação: "Manda que esta pedra se mude em pão" e Jesus respondeu: "Não só de pão vive o homem." É a tentação do materialismo e do consumismo, que leva a perder a sensibilidade humana e espiritual e a ganância pelos bens materiais.  Para Jesus não é o acumulo dos bens que deve guiar a vida das pessoas, mas a partilha que é o sinal da presença do Reino. 



Na segunda tentação, o adversário diz a Jesus: "Eu te darei todo esse poder e riqueza...se te ajoelhares diante de mim." É a tentação do poder. Todos nós temos sede de domínio sobre os outros e frequentemente somos tentados a nos tornar mais poderosos e donos dos outros e assim adversários uns dos outros. Na família: como pai, mãe, donos dos filhos, da esposa ou esposo. Na comunidade tem gente quer ser dono da comunidade, ser mais importante que o outro e mandar nos outros. Assim também existem adversários na comunidade na disputa pelo poder. Na sociedade, queremos dominar os outros com nossos interesses, assim a disputa pelo poder leva para a corrupção e injustiça. Diante da tentação do adversário, Jesus responde: "Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás."  Para Jesus não é o poder que é mais importante, mas o servir, que significa não buscar nossos interesses, mas nos colocar a serviço dos outros e um mundo melhor. 

A terceira tentação é do prestigio ou da fama. O adversário disse a Jesus: "Joga-te daqui para baixo... Deus dará ordem aos anjos para que te guardem." Mas Jesus resiste às ciladas do adversário: "Não tentarás o Senhor teu Deus..." Ainda hoje tem pessoas que buscam o prestigio e a fama. Pode ser através de uma religião mais fácil, sem compromisso, que promete milagres, salvação, dinheiro, emprego, saúde. Pode ser através de elogios, colocando as pessoas no pedestal, dando prestigio e fama. Para Jesus o que importa não é o prestigio, mas fazer a vontade de Deus, agir de uma maneira digna de nosso nome de cristãos. 
O adversário da nossa fé continua se manifestando na sociedade hoje:
- Na violência e vingança que geram insegurança e medo;
- No consumismo exagerado;
- Na corrupção, na mentira e na falsidade;
- Na ganância e prepotência;
- Na destruição e desrespeito pela vida.
São as tentações de todos os tempos que querem destruir a humanidade e nos desviar do caminho da fé. Por isso precisamos lutar contra o adversário, através de três práticas recomendadas para nós na Quaresma:  oração que é ficar em sintonia com Deus e sua vontade; jejum que é fazer sacrifício em vista do nosso objetivo que é construir o Reino; a caridade que é praticar o bem e amar o outro na partilha, no serviço desinteressado e na humildade. Por isso, precisamos lembrar que nosso adversário é perigoso, mas, como Jesus, podemos vencê-lo para continuar o nosso caminho de fé e vivência dos valores do Reino: a partilha e serviço em vista da fraternidade e do amor.
Frei Gregório Joeright, ofm

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ABERTURA DIOCESANA DA CFE - 2016

Nesta sexta-feira, 12 de Fevereiro, a partir das 19h30, na Igreja do Santíssimo Sacramento, acontece a Abertura Oficial da Campanha da Fraternidade 2016 na Diocese de Santarém. A cerimônia será presidida por Dom Flavio Giovenale - Bispo da Diocese de Santarém - e concelebrada por sacerdotes diocesanos, franciscanos, verbitas e jesuítas, além de padres indianos que também estão em Missão na Diocese. A Santa Missa será transmitida ao vivo pela Rádio Rural de Santarém. 
Vamos receber com alegria nossos irmãos de outras comunidades da Diocese! Participe conosco deste momento de evangelização que nos convida a cuidar de nossa Casa Comum, nossa responsabilidade. 


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Confira a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2016


“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13)

“As obras de misericórdia no caminho jubilar”

1. Maria, ícone de uma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordi? Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.

2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia

O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.

Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordi? Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.

Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordi? Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d’Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.

3. As obras de misericórdia

A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em atos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga… a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.

Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem atualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.

Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os ouçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta cativa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.

Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de outubro de 2015

Festa de S. Francisco de Assis

Francisco

sábado, 6 de fevereiro de 2016

5º DOMINGO Tempo Comum

Cor: Verde
1ª Leitura - Is 6,1-2a.3-8
Salmo - Sl 137,1-2a.2bc.4-5.7c-8 (R. 1c.2a)
2ª Leitura - Cor 15,1-11
Evangelho - Lc 5,1-11
Reflexão
Nós sempre damos significado às coisas, aos objetos e também aos acontecimentos. É essencial para o ser humano descobrir o sentido das coisas, queremos sempre uma explicação: porque este fato aconteceu? Quais as propriedades daquele objeto? Ao mesmo tempo, o sentido que nós damos para os acontecimentos e objetos pode, ou não, corresponder à realidade ou à verdade. E muitas vezes o sentido que damos para as coisas é muito subjetivo, pois depende do nosso ponto de vista. Pergunta então para o pescador: qual o sentido do Rio Amazonas? Ele vai responder: “É dele que tira o meu sustento”. Agora pergunta para o dono do arrastão: “É dele que tenho meu lucro”. Ou para o ribeirinho: “É o meio de chegar de um lugar para o outro”.  Várias pessoas poderiam ir para a praça mirante e olhar para o encontro das águas. Cada pessoa vai dar o seu próprio sentido, mas para quem tem fé e acredita em Deus, esta pessoa vai contemplar e dizer que é obra de Deus. E por ser obra de Deus, o rio também é um mistério: olhamos na superfície, mas não enxergamos por baixo, o que acontece dentro do rio continua fora do nosso alcance.
Também para os judeus o mar era um grande mistério, as águas profundas comunicavam-se com a mansão dos mortos e as forças do mal. Os monstros habitavam as águas mais profundas e os perigos dos ventos reforçavam a ideia que o mar representava o mundo da morte e do mal.
Jesus dá um novo sentido ao mar quando ele faz o desafio: “Avancem para as águas mais profundas”. Jesus, do barco, ensina a multidão e ele manda levar o barco para um lugar mais profundo onde o perigo é maior. Justamente, é em atenção à sua palavra que acontece a pesca milagrosa. E Jesus dá um novo sentido às coisas não de acordo com nosso ponto de vista ou nossos critérios, mas do ponto de visto e dos critérios de Deus. É nas aguas mais profundas que deve acontecer a pescaria que é anunciar o Reino. Isto significa que pescar é tirar as pessoas do mundo da morte e oferecer a vida. O barco se torna a própria comunidade com a missão de avançar. Pedro é todo discípulo que em atenção à palavra se torna pescador de gente que agora compreende e dá um novo sentido da vida: deixa tudo, rede, barco e família para seguir Jesus.
Isaías estava no templo, onde rezava os salmos. Lá ele via a Arca da Aliança com os querubins. Fez uma experiência de Deus e compreendeu a sua vocação, é Deus que chama: "Quem enviarei, quem vai por nós?" Isaías responde: "Aqui estou, envia-me".  Assim, Isaías deu novo sentido à sua vida.
São Paulo era grande perseguidor da Igreja, mas no encontro com Jesus muda todo o rumo da vida dele. O novo sentido que ele descobre é que Cristo, morto e ressuscitado, é o fundamento da fé, razão da nossa existência, motivo da missão de pregar e anunciar o Reino.
Quando olhamos o rio, podemos atribuir a ele muitos sentidos como também podemos atribuir à nossa própria vida vários sentidos.
Mas para o cristão é Jesus que dá este sentido: é reconhecer que todos somos chamados, e a nossa vocação e missão é nos dedicar para tirar a humanidade do domínio da morte. E ele chama todos: é como pescadores que Jesus chama pescadores, lavradores, também Jesus chamar como lavradores; pedreiros, cozinheiras ou donas de casa, como tais Jesus chama a todos. Cada qual deve ser chamado de acordo como seu lugar, seu estado de vida.
Por isso, todos nós estamos no barco da comunidade para lanças as redes onde nós vivemos, trabalhamos, no nosso ambiente, para caminhar juntos na construção do Reino, dando novo sentido à vida das pessoas e da própria existência da humanidade, não de acordo com nosso ponto de vista ou critérios, mas de acordo com os critérios de Deus. Isto é justamente o grande desafio para avançar para as águas mais profundas.
Diante deste grande desafio, quando escutou a voz de Deus: "Quem enviarei, quem vai por nós?" Isaías respondeu: "Envia-me, aqui estou". Qual será nossa resposta?
Frei Gregório Joeright, ofm

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

ORDENAÇÃO DIACONAL

Na noite desta terça-feira, dois de fevereiro de 2016, ocorreu na Paróquia do Santíssimo Sacramento a ordenação diaconal de Frei Fábio, ofm, e Frei Rodolfo, ofm. Presidida por Dom Severino, bispo emérito de Pernambuco. Nesta, os dois emanados pelo espírito de Deus receberam a responsabilidade da diaconia, o serviço de pastoreio. A ordem dada pela imposição das mãos do bispo, deixa claro o trabalho a ser realizado nesta fase transitória do diaconato para o presbiterado. Frei Fábio na carta de agradecimento, deixa evidente que não é uma festa de formatura, muito menos o final de uma fase, mas sim o início de uma caminhada a serviço do povo. A assembleia, por sua vez, mostrou o desejo e carinho profundo pela missão exercida em Santarém e em outras cidades. Além de trazer o significado de renovação, a celebração mostra o ardente chamado por novas vocações.
Para visualizar mais fotos acesse: www.facebook.com/sabatissimo 








segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ENCONTRO DA COORDENAÇÃO DIOCESANA DA PASCOM


Neste sábado e domingo (30 e 31/01) no Sítio Paraíso, as margens do Igarapé do Juá, a Coordenação da Pastoral da Comunicação Diocesana reuniu-se para estudar, refletir e planejar as ações para a caminhada deste ano. Nossa área São Sebastião-Santíssimo esteve representada por três membros da nossa Pascom. A Pastoral da Comunicação quer renovar-se em todos os âmbitos: diocesano e paroquial. Portanto este ano será de muitas novidades em nossa Área pastoral. Vamos juntos comunicar o amor de Deus por nós!




ENCONTRO DE CATEQUISTAS

Neste domingo pela manhã aconteceu no Seminário São Pio X, um encontro com todos os catequistas da Área São Sebastião-Santíssimo. Após a oração inicial, nossa irmã Ana Paula Ramos trabalhou o tema: "Espiritualidade do catequista". Foi um momento de profunda reflexão e encontro pessoal com a proposta de Jesus.