Cor: Branco
1ª Leitura - Ap 7,2-4.9-14
Salmo - Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
2ª Leitura - 1Jo 3,1-3
Evangelho - Mt 5,1-12a
REFLEXÃO
Hoje celebramos a festa de todos os santos. Celebramos o fato que somos filhos de Deus e através de nós Deus manifesta a sua glória, como diz São João: “Somos filhos de Deus mas nem sequer se manifestou o que seremos” (1Jo 3,2).
Quando pensamos em santos, pensamos em pessoas como São Pedro, Santo Antônio, S Francisco, Sta. Clara, São Benedito... Pessoas que viveram muito tempo atrás, distantes tanto no tempo como na maneira de viver. Mas devemos lembrar que os santos eram homens e mulheres como nós com suas dificuldades, enfrentaram tentações e com certeza eram fracos e sujeitos ao pecado igual a nós.
Mas o que fizerem para serem santos?
Primeiramente, fizeram uma opção de vida, decidiram seguir Jesus Cristo e, para isto, era preciso conhecer Jesus, sua palavra e sua proposta. Por isso, todo santo é como os discípulos que se aproximaram de Jesus, quando subiu ao monte, para ouvir seu ensinamento. Não somente escutaram mas eram capazes de viver o que escutaram.
E Jesus nos mostra o caminho:
- Felizes os pobres, os aflitos, os mansos e os que tem fome e sede da justiça, os que promovem a paz e os perseguidos.
- Parece uma contradição, a felicidade não vem pela ausência de dificuldades ou sofrimento, mas no desejo de alcançar mais que somos, superar nossas limitações, pois o programa de Jesus é justamente superar o mal deste mundo para implantar o Reino. São palavras que ensinam e mostram um novo caminho, um caminho de santidade.
- Então a distância entre nós e os santos não existe pois como eles somos chamados a ficar ao redor de Jesus para escutar e na escuta fazer uma opção de vida, ser discípulo dele de verdade para alcançar a santidade apesar das nossas fraquezas e limitações.
A santidade, então, não é uma realidade só para alguns, mas para todos. Como fazer esta opção?
-Lembrar que ser cristão não é simplesmente ser batizado. Como Apocalipse nos fala: uma grande multidão estava reunido diante do cordeiro, vieram da grande tribulação e vestidos de roupa branca, alvejaram sua roupa no sangue do Cordeiro. Assim, abraçaram a causa de Jesus e colocaram esta causa como prioridade da vida.
Abraçar a causa de Jesus é alcançar a nossa vocação à santidade. Vocação que é vivida quando vivemos em intima união com Deus, fonte de toda a vida. Podemos então pensar no objetivo desta festa de hoje.
Primeiro, homenagear todos os santos que morreram no Senhor e deram o exemplo de homens e mulheres comprometidos com o Reino de Deus.
Segundo, apresentar para todos nós o ideal da santidade, não como algo longe do nosso alcance, mas é possível se procuramos seguir Jesus. Isto pode acontecer em pequenos gestos na família, na comunidade e na sociedade. Lembrar que a santidade não é um tema simplesmente da vida privada, mas envolvendo nosso ser pessoal, faz parte do nosso testemunho diante do mundo.
Terceiro, lembrar que também os santos enfrentaram dificuldades e tentações, mas eram capazes de vencer por uma conversão constante. Nós também, podemos nos converter todos os dias para viver a santidade quando aprendemos a perdoar, colocar nossos dons e talentos a serviço da comunidade e fazer pequenos gestos de caridade e solidariedade.
Nesta festa de todos os santos e todas as santas que eles sejam nossos modelos e intercessores nessa caminhada de fé e lembrar que a santidade não é algo para ser vivido só na outra vida, mas começa agora quando lembramos que recebemos um grande presente de amor que o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus.
Frei Gregório Joeright, ofm