segunda-feira, 17 de outubro de 2016

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Cor: Verde
1ª Leitura - Ex 17,8-13
Salmo - Sl 120,1-2.3-4.5-6.7-8 (R. Cf. 2)
2ª Leitura - 2Tm 3,14 - 4,2
Evangelho - Lc 18,1-8
Reflexão 
Na nossa Diocese, está se realizando mais um encontro de Edipas – Encontro Diocesano da Pastoral da Comunicação. Este encontro é de muita importância, pois a comunicação é um assunto muito importante para nós como pessoas e cristãos, especialmente nos dias de hoje com tantos meios disponíveis. Mas, o que é comunicação? É dizer aos outros o que pensamos, desejamos, precisamos e queremos. Ao mesmo tempo, é escutar o que o outro tem a nos dizer. A gente comunica principalmente pelas nossas palavras, mas não só pela palavra, por sinais, pelos gestos, pela expressão facial. É só olhar para alguém para perceber se está alegre ou triste, se está sofrendo ou está satisfeito. Tem vários gestos que mostram nossas atitudes: os braços cruzados mostram que a pessoa não quero fazer nada. Ficar de joelhos é uma atitude de súplica. A mão levantada mostra a raiva ou a vingança. Quando ficamos encurvados, pode mostrar a humilde ou atitude de respeito. Temos tantas maneiras de comunicar com os outros.
Deus também quer nos comunicar e a maior comunicação de Deus é a vida. Mas, para garantir a vida, é preciso fazer a vontade de Deus e nos comprometer na construção do Reino de Deus. Podemos ver isto nas palavras de São Paulo: “Desde a infância conheces as Escrituras, elas têm o poder de comunicar a sabedoria que conduz a salvação pela fé em Jesus”. E ainda mais: “Toda a escritura é inspirada para ensinar, corrigir, educar na justiça para que o homem seja qualificado para toda boa obra”.
Podemos dizer que Deus, por meio de Jesus, quer nos comunicar a justiça e a vivência dos valores do Reino. E nós, como cristãos, precisamos comunicar esta mensagem aos outros, é a nossa missão de batizados. 
Mas esta comunicação precisa de fé não só para ser escutado, mas também praticado. Pois quando olhamos o mundo e a realidade de maldade que nos cerca, começamos a questionar, onde está a justiça de Deus? Encontramos o contrário, a injustiça, a corrupção, a luta para competir e superar o outro, e, principalmente o desejo do poder e da dominação. Há sempre a ideia de impor os prórpios interesses e desejos e isto cria uma situação de marginalizados, excluídos, e pessoas pisadas pela sociedade. 
A viúva do Evangelho retrata bem o que experimentamos no nosso dia-a-dia. Ela é uma pessoa sem defesa e sem recursos, isto se torna claro diante do juiz que não temia a Deus e não respeitava ninguém.
Ao ensinar esta parábola, Jesus comunica uma grande lição: rezar sem cessar e não desistir.
O que seria então rezar?
Primeiro, entrar em sintonia com Deus e sua vontade. Todos os dias rezamos: Pai nosso, seja feita a vossa vontade. Para fazer a vontade do Pai é preciso conhecer a sua vontade, especialmente na escuta da sua palavra, no encontro com Jesus e na vida comunitária.
Rezar é esperar a justiça: venha a nós o vosso Reino. Como a viúva temos a esperança que Deus vai realizar o que prometeu.
Rezar é pedir graça e força: livrai-nos de todos os males. Sempre enfrentamos as dificuldades e tentações da vida. Muitas vezes não conseguimos resistir o mal e ficamos cansados e desanimados. A oração nos dá a força do Espirito para não desistir na hora das tribulações e tentações. 
Jesus no fim do Evangelho pergunta: “quando vier o Filho do Homem, vai encontrar a fé sobre a terra”? É uma pergunta que devemos fazer a nós mesmos. Com a fé, a frimeza na oração e a nossa ação, podemos superar o desanimo e continuar nosso compromisso cristão para que vençamos o mundo e para que venha a nós a justiça e a paz do Reino de Deus.
Assim, podemos dizer que o evangelho de hoje nos ensina que devemos rezar sempre pois pela oração será possível aceitar o projeto de Deus, compreender os apelos de Deus no silêncio, compreender a sua vontade e acreditar no seu amor. 
Assim, Deus vai nos comunicar a vida e nós comunicamos a alegria da nossa fé.
Frei Gregório Joeright, ofm

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