domingo, 27 de março de 2016

DOMINGO DE PÁSCOA


1ª Leitura - At 10,34a.37-43
Salmo - Sl 117,1-2.16ab-17.22-23 (R.24)
2ª Leitura - Cl 3,1-4
Evangelho - Jo 20,1-9

Reflexão 
Nós somos cercados por sinais. Todos os dias usamos sinais para ajudar na comunicação e nos nossos afazeres. Um sinal de transito por exemplo serve para nos orientar nas estradas, para não errar o caminho e nem correr o risco de um acidente. Usamos sinais com nossas mãos para comunicar algo para as pessoas e dizer o que precisamos ou expressar um sentimento. Na Bíblia, também os sinais são importantes, pois indicam que Deus está realizando algo que não é percebido por quem não faz a experiência de fé e amor. Os sinais de Deus não são provas lógicas ou argumentos mas apontam para uma nova realidade para quem tem fé e vive o amor.   
No evangelho de hoje, o discípulo amado correu mais depressa que Pedro, depois entrou no túmulo, viu e acreditou. O que ele viu? A pedra retirada, o túmulo vázio e os panos enrolados a parte. São sinais!
Vamos olhar então para o início deste evangelho. Foi Maria Madalena que foi primeiro ao túmulo. Ela representa toda a comunidade que não podia acreditar, pois diante da ausência do corpo de Jesus, ela diz: “Tiraram o Senhor Jesus e sabemos onde o colocaram”. Ela procura uma explicação para o sinal do sepulcro vazio e só podia pensar que alguém tirou o corpo de Jesus do sepulcro. Além de sair de madrugada no escuro, ela continuou no escuro depois de chegar ao túmulo. Ela não compreendia os sinais.
Podemos lembrar os acontecimentos e por aquilo que a comunidade passou:
Os discípulos eram pessoas que seguiram Jesus, acreditavam na sua palavra e nos seus sinais, apostaram no seu projeto, por isso eram capazes de deixar tudo.
Participaram da ceia quando Jesus repartiu o pão e passou o cálice, lavou os pés, mostrou o caminho do amor pelo sinal da partilha. Foram tocados pelo ensinamento do amor e da promessa do Espírito Santo.
Mas também viram Jesus condenado e testemunharam a sua morte na cruz. Não só a morte de alguém que eles amavam, mas o fim do projeto de esperança, da possibilidade da libertação, da realização das promessas de Deus. Parecia que o sinal da vida era vencido pelo sinal da morte.
Diante disto, foi o discípulo que correu mais depressa, entrou no túmulo, viu e acreditou. Foi o discípulo que Jesus amava e foi justamente o amor que o fez correr mais depressa. Então ele representa a comunidade que não compreende mas ao mesmo tempo é capaz de acreditar que o amor é mais forte que a morte. A explicação para o sepulcro vazio é justamente a vitória da vida. 
Então Jesus não estava ausente, ele ressuscitou e seu projeto de amor venceu. Os sinais da ressurreição são justamente os sinais de fé e amor: 
Foi a fé e o amor que venceram o poder romano que condenou Jesus a morte, o amor é mais forte que a violência
A fé e o amor venceram os fariseus que não podiam acreditar na superação da Lei.
A fé e o amor venceram a sociedade que exclui os pobres, os aleijados e leprosos, pois em Jesus todos têm esperança de vida nova.
Foram estes os sinais do amor que o discípulo viu e por isso acreditou. Assim a comunidade testemunhou e começou a pregar, a viver o projeto que Jesus anunciava e viver os sinais da ressurreição. Para eles o primeiro dia da semana era mais do que simplesmente o domingo, era o início de uma nova criação. 
Para nós, acreditar na ressurreição não é simplesmente superar as dúvidas da fé, mas manifestar os sinais da ressurreição. O maior sinal da ressurreição é o amor:
O amor que vence a sociedade violenta que nos cerca e que é sinal da paz e da solidariedade.
O amor que vence as desigualdades sociais, a miséria e a pobreza e que é sinal da partilha.
O amor que vence a destruição da vida e da criação. É capaz de respeitar toda a vida e promover ações de justiça e fraternidade, sendo sinal de cuidado com nossa “Casa Comum”. 
Enfim, é o amor que vence a morte e a fé que vence as duvidas. 
Como cristãos hoje, não podemos ficar no escuro, pois enxergamos a luz do dia raiar e este dia é o primeiro da semana, o dia de uma nova criação, possível pela vivência da fé e do amor.  Por isso podemos cantar: “Este é o dia que o Senhor fez para nós:/ alegremo-nos e nele exultemos”.
Frei Gregório Joeright, ofm

segunda-feira, 14 de março de 2016

FESTA DAS INSCRIÇÕES - CATEQUESE DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

Neste domingo dia 13/03 a Área São Sebastião-Santíssimo realizou a Festa das Inscrições - de acordo com o Itinerário de Iniciação à vida Cristã - da catequese de crianças e jovens. Em São Sebastião a acolhida aconteceu na missa das 8h da manhã; no Santíssimo na missa das 17h30. Após as visitas realizadas por nossas ceb´s e catequistas, e o encontro realizado em cada distrito, neste domingo os pais vieram até a comunidade entregar a ficha da inscrição na catequese. Foi um belo momento e muito participativo, após a missa, foi partilhado um gostoso lanche trazido por nossos comunitários. Seguindo este caminho, no próximo dia 27/03, domingo de Páscoa, acontece a acolhida das crianças e dos jovens na comunidade, Em São Sebastião na missa das 8h e no Santíssimo na missa das 17h30.










sábado, 12 de março de 2016

5º Domingo Quaresma



Cor: Roxo
1ª Leitura - Is 43,16-21
Salmo - Sl 125,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)
2ª Leitura - Fl 3,8-14
Evangelho - Jo 8,1-11



Reflexão 
Nestas primeiras cinco semanas da quaresma fizemos uma caminhada pelo evangelho de Lucas. Nesta caminhada refletimos sobre as tentações que Jesus enfrentou e superou, sobre a sua transfiguração quando ele mostrou a sua futura glória, sobre a lição da figueira quando aprendemos que é preciso produzir frutos e, na semana passada, sobre a parábola do filho pródigo e a misericórdia do pai. Hoje temos uma leitura do evangelho de Joao, que mais uma vez nos faz refletir e nos ensina sobre o rosto da misericórdia de Deus e o jeito de ser cristão.
Para compreender este evangelho da mulher adúltera, devemos primeiro descobrir o sentido da palavra justiça. Ficar justo significa ficar do lado, ou no sentido religioso, acomodar-se a vontade de Deus com base na palavra. É a qualidade de estar conforme com o que Deus quer do ser humano, fazer a vontade de Deus em relação ao outro.
Para os fariseus, a justiça consistia em cumprir a Lei, ficar do lado de Deus era observar as obrigações e proibições e quem conseguia observar tudo era justo.
E a lei era clara, e pessoa apanhada em adultério devia ser apedrejada. Mas o adultério não era somente o ato sexual. Podia cometer o adultério simplesmente pelo olhar e pelo desejo. Neste sentido, a pessoa podia adulterar sozinha e para Jesus esta regra aplicava também para o homem e não só para a mulher.
Então, trouxeram a mulher, colocaram no meio e perguntaram: devemos ou não apedrejar. O interesse não era a vida da mulher, para eles ela não valia nada, mas para experimentar Jesus e ter razão para acusá-lo. Jesus se abaixa e começa a escrever no chão e diante da insistência deles, ele responde: "Quem tiver sem pecado, atire a primeira pedra". Jesus modifica o enfoque, é uma reviravolta. Pois Jesus aplica a regra a eles, pois diante da lei, eles também eram culpados. Todos vão embora começando com os mais velhos.
Jesus, como enviado do Pai, mostra o rosto misericordioso do Pai. O justo não é aquele que condena mas descobre que a justiça de Deus é perdão e misericórdia.
Como isto aplica a nós? Podemos olhar o mundo em que vivemos. Muitas vezes o que conta mais não é o valor da vida humana, mas as coisas que podemos acumular. Enquanto o acúmulo se torna o objetivo de muitas pessoas, podemos ainda ver tantas pessoas condenadas à fome e miséria sem acesso ao mínimo necessário para viver. Este ano, ao fazer nossa reflexão da Campanha da Fraternidade, podemos também ver como estas atitudes levam para a destruição da nossa Casa Comum. Valorizar a vida significa valorizar tanto a vida das pessoas como também ter o respeito para com toda a criação. Será que entendemos que, como cristãos, temos uma grande responsabilidade diante da destruição que está acontecendo todo dia ao nosso redor, e muitas vezes porá causa da nossa falta de conscientização e ação? 
Por isso, Jesus também nos questiona, pois para ele não são as regras de uma sociedade que é o mais importante, mas a vida tanto das pessoas como também da criação. Por isso, devemos sempre lembrar:
- Precisamos nos fundamentar na palavra de Deus para descobrir que a felicidade não depende dos bens e do acumulo, mas na capacidade de ficar do lado de Deus, ser justo, e defender a vida como Jesus defendeu a vida da mulher.
- Segundo, como cristãos devemos sempre ter um olhar crítico. Para os fariseus o único modelo era a lei, mas Jesus mostra que em vez de tirar pedras, devemos ter uma atuação nova como cristãos. Na medida que vivemos a solidariedade e a partilha podemos construir um mundo novo onde existe o respeito pelo valor da pessoa humana e onde se vive a fraternidade.
- Isaías fala assim: “Não relembreis coisas passadas, eu farei coisas novas”. Quando Jesus ficou do lado da mulher e desmascarou os fariseus, coisas novas aconteceram, quando nós vencemos o nosso egoísmo e vivemos nosso compromisso com a vida e a fraternidade, coisas novas também podem acontecer. Quaresma não é um tempo de atirar pedras mas construir a fraternidade.
Frei Gregório Joeright, ofm

segunda-feira, 7 de março de 2016

PRIMEIRA MISSA NO RESIDENCIAL SALVAÇÃO.

Na tarde deste domingo, as comunidades católicas se mobilizaram e marcaram presença na Primeira celebração na nova Área Pastoral da Diocese. A Área Cristo Salvador no residencial Salvação no Conjunto do Projeto Minha Casa Minha Vida. A Santa Missa foi presidida por Dom Flavio Giovenale, e contou com a participação do clero diocesano e do povo de Deus. A Área São Sebastião-Santíssimo também esteve presente neste bonito momento de acolhida e envio dos missionários que irão atuar nesta nova área pastoral. Desejamos cada vez mais ser Igreja em saída, que vai ao encontro.











sábado, 5 de março de 2016

4º Domingo da Quaresma


4º DOMINGO DA QUARESMA





Cor Litúrgica: Roxo/Rosa
Liturgia da Palavra

1ª Leitura - Js 5,9a.10-12
Salmo - Sl 33,2-3.4-5.6-7 (R.9a)
2ª Leitura - 2Cor 5,17-21
Evangelho - Lc 15,1-3.11-32


Reflexão

Todos nós temos o nosso ponto de vista e é do nosso ponto de vista que enxergamos as coisas, interpretamos os acontecimentos e nos relacionamos com os outros. É também o nosso ponto de vista que nos leva a ter atitudes e enfim agir. Por exemplo, se encontramos um mendigo na rua, a gente pode pensar: ele é um preguiçoso e não merece nossa atenção e nem nossa ajuda. Não pensamos na situação dele, não conhecemos a sua realidade e por isso não compreendemos e nem podemos olhar do ponto de vista dele. Assim, sem conhecer, já julgamos. Mas, talvez ele é um mendigo e não trabalha porque sofreu um acidente ou porque nunca teve a oportunidade de estudar e, por isso, nunca conseguiu um emprego. Pode ter muitas situações que o levou a ser mendigo na rua. Mas nós, sem conhecer, nunca vamos estender a mão a ele, pois do nosso ponto de vista ele não merece nossa ajuda. 
Do outro lado, podemos também alargar nosso ponto de vista e procurar olhar para o outro com compaixão. Entendemos a sua situação e, em vez de julgar, procuramos ajudá-lo em suas necessidades. Então, nosso ponto de vista pode nos levar a agir de acordo com nosso interesse ou com compaixão; podemos nos vingar dos outros ou agir com misericórdia; podemos ser egoístas ou viver a partilha; o ódio ou o amor; o orgulho ou a humildade. 
No evangelho de hoje, há três personagens: o Pai, o filho mais novo e o filho mais velho. Cada um agiu de acordo com seu ponto de vista:
O filho mais novo era egoísta: "quero que me dê o que é meu".
O filho mais velho procurava seu interesse pessoal: "nunca me deu nenhum cabrito para eu celebrar com meus amigos".
O pai, pelo contrário, agiu com misericórdia e compaixão: "É preciso festejar, este seu irmão estava morto e tornou a viver, perdido e foi achado".
Perguntamos então, qual a grande mensagem deste evangelho? É bem no início: Os cobradores de impostas e pecadores aproximavam de Jesus para o escutar, mas enquanto isto, os mestres da lei e os fariseus criticavam: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Do ponto de vista deles, Jesus deve ser condenado. 
Mas, Jesus tem um outro ponto de vista. Ele quer revelar, a partir da parábola do filho pródigo, o verdadeiro rosto do Pai que age com misericórdia e compaixão. Quer dizer, do ponto de vista do Pai, não deve olhar o pecado mas o pecador que precisa de misericórdia e compaixão. É justamente a partir deste ponto de vista da misericórdia e compaixão que o filho mais novo chegou a compreensão que era preciso voltar a casa do Pai para pedir perdão: “Pai pequei contra Deus e contra ti".
Mas, do outro lado, o filho mais velho não podia compreender que era preciso acolher o filho mais novo e nem se alegrou com o retorno do irmão arrependido. Ele, como os fariseus e escribas, se torna exemplo daqueles que não agem com misericórdia e nem olham para os outros com compaixão, agem simplesmente a partir das suas próprias ideias e preconceitos, do seu ponto de vista interesseiro. 
Então para nós, como cristãos seguidores de Jesus, é preciso descobrir a mensagem deste evangelho para nossa prática no dia-a-dia, pois é necessário não só escutar mas também viver a mensagem de Jesus. Este evangelho é um grande desafio, pois a partir da parábola do filho perdido, nosso ponto de vista deve mudar: em vez do egoísmo, viver a partilha; em vez do julgamento dos outros, ter o olhar da compaixão; em vez de odiar os outros, devemos amar; no lugar da vingança, viver a misericórdia. Devemos ter o mesmo ponto de vista de Jesus que revela o rosto do Pai, o de misericórdia e compaixão. 
Neste tempo de quaresma em que também celebramos a Campanha da Fraternidade, esta mensagem é muito importante. A Campanha nos alerta que do ponto de vista da nossa “Casa Comum”, que está sofrendo a destruição pelos interesses egoístas da humanidade. Como olhamos para esta nossa casa comum? Simplesmente pensamos que a criação precisa servir nossos interesses, ou procuramos olhar do ponto de vista da misericórdia, isto é, do respeito à vida de todas as criaturas? O esgoto da nossa casa vai para a rua ou consideramos o bem de todos e fazemos um sumidouro para a agua não ir para a rua. Cuidamos do nosso lixo ou jogamos na rua de qualquer jeito, sem nem pensar na hora da coleta, ou pior, nos terrenos baldios onde os riscos da contaminação e a proliferação do mosquito da dengue são grandes. É Jesus que nos ensina sempre a olhar para os outros, não do nosso ponto de vista, mas com misericórdia e compaixão. O papa Francisco também nos convida neste Ano da Misericórdia a mudar nosso ponto de vista, pois como cristãos, é preciso viver a compaixão e praticar a misericórdia. 
Frei Gregório Joeright, ofm

quarta-feira, 2 de março de 2016

ENCONTRO DA PASTORAL DO DÍZIMO


Nesta terça-feira (01/03) as equipes do dízimo da Paróquia do Santíssimo se reuniram para avaliar a caminhada do ano de 2015 e conhecer o novo projeto para o ano de 2016. Foi um momento de partilha de experiências e da construção de uma nova Pastoral do Dízimo animada e motiva pelo espírito de Deus. 
Agradecemos aos nossos dizimistas que sustentam a missão evangelizadora da Igreja. 
E você que ainda não fez a opção pela partilha e tem interesse em ser um missionário do Reino de Deus contribuindo com seu Dízimo, procure nossa secretaria ou os animadores em cada distrito. Venha ser dizimista e fazer parte dessa família que partilha!