Nesse último dia 15, em Emaus, aconteceram dois encontros de nossa Área. Em um dos espaços Frei John assessorou encontro de formação para os Ministros da Eucaristia, atuais e novos. Enquanto que no outro a equipe de catequese acompanhou os novos catequistas da Área, a formação teve por base o Documento de Aparecida e os passos da Iniciação à Vida Cristã. A oração inicial foi realizada em conjunto na capela e logo após foram divididos os grupos e cada um seguiu sua reflexão. O encontro contou com a participação de quase noventa pessoas. Que Deus sustente a fidelidade dos ministros da Eucaristia e dos nossos catequistas!
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
APLICATIVO DA PARÓQUIA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Convidamos todos a baixar o Aplicativo da Paróquia do Santíssimo Sacramento! Fique por dentro de tudo o que acontece em nossa comunidade. Com o nosso aplicativo você pode:
- Conhecer a história da comunidade e as cebs, pastorais, grupos e movimentos.
- Receber uma reflexão diária para nos fortalecer na caminhada.
- Acompanhar as notícias da Diocese de Santarém
- Acompanhar as notícias e as reflexões do Papa Francisco
- Acompanhar as notícias de nossa Área São Sebastião-Santíssimo
- Acompanhar as Homilias Dominicais escritas por Frei Gregório Joeright
- Acompanhar a Agenda Pastoral de nossa Área.
- Ouvir a rádio rural
- Fazer seu pedido de oração e rezar no espaço 'Sala de oração'
- Ficar por dentro das notícias da Pastoral do Dízimo e fazer a inscrição de Dizimista pelo aplicativo.
- Acompanhar a liturgia diária, direto da CNBB e com reflexão.
- Fazer a inscrição online nos Encontros de Batismo.
Tudo isso e muito mais! Faça o download e tenha a nossa comunidade em suas mãos!
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
FORMAÇÃO PARA AS CEBS
Nesta última quarta-feira (26/10) tivemos a continuidade da formação para as Cebs de nossa área. Refletimos sobre a missão das Cebs e o papel do animador. Foi mais um momento de partilha de experiência e construção de conhecimento. As nossas comunidades eclesiais também prepararam uma surpresa por ocasião do aniversário de nosso pároco Frei Gregório Joeright, ofm. Que o Senhor o abençoe e mantenha firme na missão.
VENHA SER CATEQUISTA!
Á Área São Sebastião-Santíssimo convida você para ser catequista na comunidade do São Sebastião e Santíssimo! Faça parte dessa família! Ser catequista é continuar a missão iniciada por Jesus! É fazer ecoar a Palavra de Deus em todo mundo! É tornar Jesus conhecido por todos! Faça a experiência de servir como catequista em nossa comunidade! Você pode fazer a opção de trabalhar na catequese do Batismo, de Crianças, de Jovens ou adultos. Para mais informações procure nossa secretaria, os animadores das Ceb´s ou pelo fone/whatsapp 99113-7733.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
JUBILEU DA JUVENTUDE E DNJ!
Neste último sábado (15/10) no ginásio do Colégio Santa Clara os jovens da Diocese de Santarém se reuniram para o Jubileu da Misericórdia da Juventude. O Encontro iniciou com um momento de animação, em seguida teve a oração inicial. A reflexão sobre Misericórdia foi conduzida por Ed Lucio do Grupo Samba Novo. E a programação no Colégio encerrou com uma adoração ao Santíssimo conduzida por Padre Daniel.
Depois da programação com reflexão, louvor, oração, confissões e adoração ao Santíssimo Sacramento, os jovens que participam do Jubileu da Misericórdia da Juventude da Diocese de Santarém, caminharam por algumas ruas e passaram pela Porta Santa da Misericórdia da Igreja São Sebastião. Onde foi celebrada a missa de encerramento, presidida por D. Flávio GIovenalle.
Esse é o quarto e último Jubileu promovido pela Diocese neste Ano Santo da Misericórdia. O primeiro foi dedicado aos adolescentes e crismandos, o segundo aos Ministros da Eucaristia e o terceiro ao catequistas.
29º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor: Verde
1ª Leitura - Ex 17,8-13
Salmo - Sl 120,1-2.3-4.5-6.7-8 (R. Cf. 2)
2ª Leitura - 2Tm 3,14 - 4,2
Evangelho - Lc 18,1-8
Reflexão
Na nossa Diocese, está se realizando mais um encontro de Edipas – Encontro Diocesano da Pastoral da Comunicação. Este encontro é de muita importância, pois a comunicação é um assunto muito importante para nós como pessoas e cristãos, especialmente nos dias de hoje com tantos meios disponíveis. Mas, o que é comunicação? É dizer aos outros o que pensamos, desejamos, precisamos e queremos. Ao mesmo tempo, é escutar o que o outro tem a nos dizer. A gente comunica principalmente pelas nossas palavras, mas não só pela palavra, por sinais, pelos gestos, pela expressão facial. É só olhar para alguém para perceber se está alegre ou triste, se está sofrendo ou está satisfeito. Tem vários gestos que mostram nossas atitudes: os braços cruzados mostram que a pessoa não quero fazer nada. Ficar de joelhos é uma atitude de súplica. A mão levantada mostra a raiva ou a vingança. Quando ficamos encurvados, pode mostrar a humilde ou atitude de respeito. Temos tantas maneiras de comunicar com os outros.
Deus também quer nos comunicar e a maior comunicação de Deus é a vida. Mas, para garantir a vida, é preciso fazer a vontade de Deus e nos comprometer na construção do Reino de Deus. Podemos ver isto nas palavras de São Paulo: “Desde a infância conheces as Escrituras, elas têm o poder de comunicar a sabedoria que conduz a salvação pela fé em Jesus”. E ainda mais: “Toda a escritura é inspirada para ensinar, corrigir, educar na justiça para que o homem seja qualificado para toda boa obra”.
Podemos dizer que Deus, por meio de Jesus, quer nos comunicar a justiça e a vivência dos valores do Reino. E nós, como cristãos, precisamos comunicar esta mensagem aos outros, é a nossa missão de batizados.
Mas esta comunicação precisa de fé não só para ser escutado, mas também praticado. Pois quando olhamos o mundo e a realidade de maldade que nos cerca, começamos a questionar, onde está a justiça de Deus? Encontramos o contrário, a injustiça, a corrupção, a luta para competir e superar o outro, e, principalmente o desejo do poder e da dominação. Há sempre a ideia de impor os prórpios interesses e desejos e isto cria uma situação de marginalizados, excluídos, e pessoas pisadas pela sociedade.
A viúva do Evangelho retrata bem o que experimentamos no nosso dia-a-dia. Ela é uma pessoa sem defesa e sem recursos, isto se torna claro diante do juiz que não temia a Deus e não respeitava ninguém.
Ao ensinar esta parábola, Jesus comunica uma grande lição: rezar sem cessar e não desistir.
O que seria então rezar?
Primeiro, entrar em sintonia com Deus e sua vontade. Todos os dias rezamos: Pai nosso, seja feita a vossa vontade. Para fazer a vontade do Pai é preciso conhecer a sua vontade, especialmente na escuta da sua palavra, no encontro com Jesus e na vida comunitária.
Rezar é esperar a justiça: venha a nós o vosso Reino. Como a viúva temos a esperança que Deus vai realizar o que prometeu.
Rezar é pedir graça e força: livrai-nos de todos os males. Sempre enfrentamos as dificuldades e tentações da vida. Muitas vezes não conseguimos resistir o mal e ficamos cansados e desanimados. A oração nos dá a força do Espirito para não desistir na hora das tribulações e tentações.
Jesus no fim do Evangelho pergunta: “quando vier o Filho do Homem, vai encontrar a fé sobre a terra”? É uma pergunta que devemos fazer a nós mesmos. Com a fé, a frimeza na oração e a nossa ação, podemos superar o desanimo e continuar nosso compromisso cristão para que vençamos o mundo e para que venha a nós a justiça e a paz do Reino de Deus.
Assim, podemos dizer que o evangelho de hoje nos ensina que devemos rezar sempre pois pela oração será possível aceitar o projeto de Deus, compreender os apelos de Deus no silêncio, compreender a sua vontade e acreditar no seu amor.
Assim, Deus vai nos comunicar a vida e nós comunicamos a alegria da nossa fé.
Frei Gregório Joeright, ofm
EDIPAS - Encontro Diocesano da Pastoral da Comunicação
Neste último fim de semana, no auditório do colégio São Francisco aconteceu o 17° EDIPAS. Com o tema: Comunicação como Ação Pastoral. O encontro reuniu lideranças de diversas regiões de nossa Diocese e contou também com a participação de representantes de pastorais e movimentos eclesiais. Foram três dias de debates, oficinas e muita partilha de experiências. Foi um momento propício para olhar a caminhada da PASCOM em nossa diocese e discernir a luz do Espírito qual é a nossa missão e como podemos contribuir na ação evangelizadora da Igreja. Contamos com a contribuição de vários professores da área de comunicação que nos incentivaram e direcionaram rumo a implantação e manutenção de uma equipe da PASCOM. Que o Senhor sustente a nossa missão de levar a todos a mais bela mensagem do mundo. E que o Mestre de Nazaré nos guie nessa caminhada, aprendendo d'Ele como servir melhor a toda a Diocese.
Fotos: Beliana Azevedo
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
28º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor: Verde
1ª Leitura - 2Rs 5,14-17
Salmo - Sl 97,1.2-3ab.3cd-4 (R.cf 2b
2ª Leitura - 2Tm 2,8-13
Evangelho - Lc 17,11-19
Reflexão
Todos nós buscamos a felicidade. O que é mesmo a felicidade? Com certeza, vamos responder que é o bem-estar – isto é tudo que é relacionado à saúde, aos bons relacionamentos, aos bens materiais, a satisfação das necessidades básicas, como moradia, alimentação, vestimenta e educação. Mas, há algo que também pode ser considerado como felicidade: a gratidão. Há uma frase que diz assim: não é a felicidade que nos torna agradecidos, mas é a gratidão que nos torna felizes.
Os textos na liturgia de hoje nos convidam a refletir sobre a gratidão. Na primeira leitura o Sírio Naamã contraiu hanseníase e procurava a cura. Foi a Israel a procura de Eliseu que o mandou mergulhar no Rio Jordão sete vezes. Depois queria dar um presente a Eliseu, mas o profeta recusou porque reconheceu que quem agiu não foi ele e sim o próprio Deus. Naamã então pediu para levar sacas de terra que 2 jumentos podiam carregar, para poder adorar, na Síria, o Deus de Eliseu sobre a terra de Israel. É um gesto de reconhecimento da gratuidade do agir de Deus. É este reconhecimento que leva à gratidão manifestada no ato de adorar e louvar ao único Deus, criador do céu e da terra. É o reconhecimento da ação de Deus que faz brotar o agradecimento.
No evangelho de hoje são 10 leprosos que vão ao encontro de Jesus. Com certeza, não eram felizes, não somente pela doença, mas também, pelo fato que a doença era considerada como castigo de Deus e, por isso, eram impuros, marginalizados, e até excluídos da própria religião. Jesus manda ir ao Templo se apresentar aos sacerdotes, conforme a lei, e, no caminho, são curados. Importante mostrar o episódio como um verdadeiro caminho da fé. A fé nasce do clamor: “Jesus tem compaixão de nós”, mas a fé se concretiza no caminho e na obediência à Palavra de Deus. Os leprosos foram curados no caminho, mas somente um, um Samaritano, volta para agradecer. Ele reconheceu a ação de Deus em sua vida e em vez de ir ao templo, volta, atira-se aos pés de Jesus e agradece. Jesus é o novo templo de Deus no mundo. A cura não somente aconteceu no caminho e mas também se manifestou plenamente no gesto da gratidão.
A grande lição das leituras é que nós precisamos alimentar sempre a atitude da gratidão em nossas vidas. Então, podemos perguntar: o que podemos fazer para alimentar a gratidão? Faz algum tempo que fui visitar seu Francisco, acamado, sem força para levantar e nem falar. Durante todo o tempo que rezavamos ele ficou distante e fechado em si. Mas na hora da despedida, a sua esposa Dona Maria disse: Francisco o padre veio visitá-lo. Uma palavra saiu da boca de Francisco: “obrigado”.
Para alimentar uma atitude de gratidão, precisamos dizer com frequência - obrigado. Nunca devemos partir do principio de que os outros sabem que somos gratos, é preciso dizer obrigado. As pessoas precisam ouvir isto, pois o reconhecimento da gratidão é uma fonte de amizade e amor entre as pessoas.
Mas nossa gratidão não se expressa somente pelas palavras, é preciso também o respeito e consideração pelos outros. Pelo nosso jeito de ser, pelas atitudes de cortesia, generosidade e solidariedade manifestamos que somos pessoas agradecidas.
Finalmente, na família precisamos ser pessoas agradecidas. A gratidão nos ajuda a vencer magoas e transforma nossos relacionamentos mesmo quando enfrentamos abalos e dificuldades. A gratidão cura nossas feridas e transforma a vida.
A felicidade não nos trona pessoas agradecidas, mas a gratidão nos torna felizes. De fato, se nós queremos alcançar a felicidade, precisamos ser pessoas agradecidas. Que a liturgia de hoje nos ajuda a compreender a necessidade de gratidão como sinal da nossa fé e que, pela participação nesta liturgia, manifestemos a nossa gratidão a Deus por tudo aquilo que Ele nos dá.
Frei Gregório Joeright, ofm
terça-feira, 4 de outubro de 2016
SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O CUIDADO COM A “CASA COMUM”
No dia
04 de outubro, celebramos a festa de São Francisco de Assis, santo muito
popular e conhecido também como São Francisco das Chagas, pois
experimentou no seu corpo o mesmo sofrimento de Jesus na cruz. A vida de São
Francisco de Assis também foi como guia e inspiração no pontificado de Papa
Francisco. Na sua encíclica “Laudato Si”, o Papa escreveu:
“Acho que Francisco é o exemplo por excelência do
cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral vivida com alegria e
autenticidade. É o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo
da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma
atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados...
Nele se nota até que pontos são inseparáveis a preocupação pela natureza, a
justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior”.
Podemos ver claramente o amor de
São Francisco pela natureza no seu “Cântico das Criaturas”, escrito pouco tempo
antes de sua morte. Neste cântico Francisco trata toda a criação como uma grande família: “Louvado
sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas”. Ele lembra que toda a criação
é irmão e irmã. Irmão sol com a sua
luz, irmã lua e as irmãs estrelas que clareiam a noite. Irmão vento, irmã água,
irmão fogo e irmã terra que sustentam a vida e dão força para todas as
criaturas. Não só isso, Francisco lembra
a importância do perdão entre as pessoas e os que sofrem tribulações por causa
do amor. Para São Francisco é o perdão que traz a paz, a paz que deve existir
entre todas as pessoas como irmãos e irmãs, formando a grande família de Deus.
A família para Francisco não era somente mãe, pai e irmãos, mas todas as
pessoas e toda a criação. Tudo era interligado, todos unidos no amor e na
preocupação e compromisso diante dos problemas da sociedade.
Com certeza esta atitude de São Francisco nos ajuda na
reflexão sobre a nossa casa comum e o cuidado com toda a criação. Quando
falamos da criação, falamos mais que a natureza, falamos também do projeto de
amor de Deus, onde cada criatura tem um valor e um significado. E nesta região
da Amazônia, podemos ver os sinais da criação como dom nas mãos de Deus e, que
o amor de Deus, é a razão fundamental de toda criação.
Somos todos chamados a viver um ideal proposto por
Jesus e seguido por Francisco de Assis. Este ideal é a harmonia, a justiça, a
fraternidade e paz como expressão da nossa fé e do amor que Deus manifestou em
toda a criação. Assim, podemos descobrir que toda a natureza é lugar da
presença de Deus e em toda criatura habita o seu Espírito que nos chama a uma
fraternidade universal. Quando entendemos isto, descobrimos as verdades de
Jesus e somos chamados a viver “virtudes ecológicas”. Estas virtudes podem ser vividas
a partir do momento em que compreendemos que os atuais desafios em relação à
nossa casa comum exigem um comprometimento de um número cada vez maior de
pessoas na busca de viver esta harmonia com todas as criaturas como verdadeiros
irmãos e irmãs.
Frei Gregório Joeright, ofm
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
MENSAGEM DA CNBB PARA AS ELEIÇÕES 2016
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)
Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.
Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.
A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo1, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.
Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.
As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.
Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.
É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja.
Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.
É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.
A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.
A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa.
Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres.
Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum.
Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.
Aparecida - SP, 13 de abril de 2016
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
Arcebispo São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
terça-feira, 27 de setembro de 2016
RITO DE ENTRADA NO CATECUMENATO - SÃO SEBASTIÃO
Neste último domingo (25∕09) os jovens da Iniciação à Vida Cristã da Paróquia de São Sebastião, participaram de mais um rito no Itinerário da Catequese. A entrada no Catecumenato é um dos pontos altos da caminhada, a partir de agora, nossos jovens aprofundarão a pessoa de Jesus e o seu projeto. Os jovens foram assinalados pelo Frei e pelos Catequistas com o sinal da cruz, na testa, ouvidos, olhos e boca. Ao receber o sinal, recebem a própria pessoa de Jesus e seu Evangelho. Que o Senhor sustente o caminho dos nossos jovens. E aos nossos catequistas nosso muito obrigado pela dedicação.
Fotos: Rute Mota e Beliana Azevedo
sábado, 24 de setembro de 2016
26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor: Verde
1ª Leitura - Am 6,1a.4-7
Salmo - Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R.1)
2ª Leitura - 1Tm 6,11-16
Evangelho - Lc 16,19-31
Reflexão
"Nós todos temos nossos preconceitos. Preconceito é uma ideia, pensamento ou conceito de alguma coisa ou de alguém antes de conhecer. Por causa do preconceito, fazemos julgamentos sem conhecimento, baseados na opinião de outras pessoas ou da cor da pessoa, raça ou lugar de nascimento. Preconceito leva a discriminação e distinção entre as pessoas, assim criando divisão, ódio e violência. Todos nós temos preconceito, é difícil escapar, pois muitas vezes nos nossos pensamentos e ações, fazemos julgamentos e distinções entre as pessoas. Mas algo não tem preconceito: é a morte. A morte abraça a cada um independente da raça, cor, rico ou pobre, jovem, velho, homem, mulher. Não faz distinção entre as pessoas.
É justamente sobre este fato que a morte age sem preconceito, é que podemos refletir sobre o Evangelho de hoje. A parábola do rico e de Lázaro tem duas cenas: primeiro o rico com seus banquetes diários sem nenhuma preocupação com os outros, e o pobre Lázaro, cheio de feridas, morrendo de fome na porta do rico e desejando simplesmente comer das migalhas que caem da mesa. Existe um grande abismo entre os dois, criado pelo preconceito e, portanto, pela discriminação entre ricos e pobres. No pensamento da época, havia um abismo entre abençoados e amaldiçoados, puros e impuros. O rico era abençoado e Lázaro o amaldiçoado por sua condição de pobre.
A segunda cena é depois da morte, quando Lázaro está do lado de Abraão e o rico sofrendo os tormentos do inferno. Agora é o rico que pede ajuda do Lázaro para molhar o dedo para refrescar a língua. Mas Abraão responde que não tem como fazer isso, por causa do grande abismo. De onde veio este abismo? Com certeza existia antes da morte por causa do preconceito, da ganância e do egoísmo.
Podemos dizer também que este abismo não existia só no tempo de Jesus, mas é uma realidade hoje. As diferenças sociais criam o abismo do preconceito onde os pobres e marginalizados são condenados ao sofrimento e a miséria. São os abismos das periferias, tanto geográficas como existenciais. Diante de tal situação o que seria a atitude cristã e os valores cristãos que devemos praticar. Podemos dizer que a lição desta parábola é também o mesmo ensinamento de Jesus que escutamos semana passada: “Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro”. Ou podemos lembrar como Abraão falava que bastava escutar os profetas. Na primeira leitura, temos as palavras do profeta Amós – ai dos que vivem despreocupados com a ruína do povo. Dormem em camas de marfim, fazem festas e banquetes baseados na exploração do povo e viram as costas para aqueles que sofrem.
A liturgia de hoje não é uma lição para ficar com medo do inferno, mas quer nos alertar para o abismo que existe na sociedade por causa do preconceito e da ganância, pela falta de compaixão e pela omissão na vivência dos valores evangélicos. Podemos citar ainda as palavras do Papa Francisco quando ele fala da globalização da indiferença. Ficamos alheios ao sofrimento dos outros e esta insensibilidade tende a aumentar o abismo que existe entre as pessoas no mundo de hoje. As leituras de hoje devem fazer brotar em nós o desejo de combater a desigualdade social pela partilha e solidariedade. Com certeza, este é o caminho de Jesus e, portanto, nosso.
Lembramos que a morte não tem preconceito, abraça todos do mesmo jeito. Medo da morte não, mas devemos ter temor, pois é o temor que nos abre para a escuta dos profetas e o ensinamento de Jesus. É este caminho que nos dá a possibilidade de participar da ressurreição onde não há abismos, mas onde todos viverão na igualdade."
Frei Gregório Joeright, ofm
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
TRÍDUO SOCIAL - REGIÃO 1
Nos dias 20 e 21 de setembro, a Região 1 de Pastoral, realizou as duas primeiras noites do Tríduo Social, no Centro Paroquial de São Sebastião. Este encontro é uma preparação para o Congresso em Defesa da Vida que será realizado em novembro pela Pastoral Social. A proposta é que a partir dos Tríduos realizados em todas as regiões diocesanas a Pastoral Social consiga produzir um retrato das realidades que mais preocupam em nossa diocese. Na primeira noite a reflexão foi conduzida por Servito Batista acerca do cuidado sobre a nossa casa comum. Na segunda noite a Professa Eden conduziu as reflexões sobre a diversidade cultural e ambiental da amazônia. E uma terceira noite foi agendada para o dia 11 de outubro.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
RITO DE ENTRADA NO CATECUMENATO
Neste último domingo (18∕09) os jovens da Iniciação à Vida Cristã da Paróquia do Santíssimo Sacramento, participaram de mais um rito no Itinerário da Catequese. A entrada no Catecumenato é um dos pontos altos da caminhada, a partir de agora, nossos jovens aprofundarão a pessoa de Jesus e o seu projeto. Que o Senhor sustente o caminho dos nossos jovens. E aos nossos catequistas nosso muito obrigado pela dedicação.
Fotos: Antônia Torres e Servito Batista
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