ARTIGO FREI GREGÓRIO JOERIGHT, OFM.
Falamos muito hoje sobre os grandes desafios enfrentados na sociedade atual. Para o cristão, dar testemunho de amor, perdão, justiça e honestidade é uma tarefa muito difícil, especialmente quando deparamos, ao nosso redor, com exatamente o contrário: o individualismo, a ganância, a vingança, a corrupção e a corrida de acumular cada vez mais riquezas.
Este tempo pascal é o tempo forte de refletir sobre o compromisso assumido pelo batismo e da vivência em comunidade. Ouvimos e refletimos na liturgia sobre a vida e a caminhada da primeira Comunidade Cristã no livro de Atos dos Apóstolos e como “a multidão dos fieis era um só coração e uma só alma”. Também no início da Igreja, havia muitos desafios não só para anunciar a mensagem da morte e ressurreição de Jesus mas também para testemunhar uma pratica diferente em conseqüência da fé em Jesus. Mas os apóstolos continuaram firmes neste compromisso mesmo diante da perseguição, pois “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens” (At 5, 29).
E é justamente na comunidade, onde se compromete com a prática de fraternidade, que podemos olhar para Maria, Mãe da Igreja. O papel de Maria na Igreja é inseparável de sua união com seu Filho, Jesus, união que se manifesta em todos os momentos da sua vida, desde o nascimento até a morte e ressurreição de Jesus, e ainda na sua presença entre os apóstolos no dia de Pentecostes. Se há uma identificação perfeita entre o Cristo e a Igreja, podemos também dizer que a Mãe de Jesus é a Mãe da Igreja.
Com certeza é por isso que na Igreja em todos os tempos, o amor a Maria plenifica o coração dos cristãos. De quantas Igrejas ela é padroeira! Quantos países lhe são consagrados! Quantas “Marias” existem em toda a terra, porque a largueza de seu coração acolhe não apenas o povo de Deus, mas a humanidade toda por quem Jesus deu o seu sangue.
Que neste mês de maio, o mês dedicado a Maria, possamos nos despertar para uma vivência verdadeiramente cristã, seguindo o exemplo de nossa Mãe e a Mãe da Igreja. Exemplo que nos dá a força para que sejamos capazes de enfrentar os desafios de hoje na vivencia comunitária. Como Maria acompanhou a primeira comunidade dos cristãos como Mãe, que hoje, pela sua intercessão, as nossas comunidades sejam verdadeiros sinais da presença de Jesus no meio de toda a humanidade.
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